A construção civil foi um dos setores mais afetados no primeiro semestre de 2020 devido ao vírus causador da Covid-19. A situação de emergência e pandemia declarada fizeram com que a economia mundial sofresse um duro golpe, que já apresenta suas consequências em todos os segmentos.

 

O ano de 2020 parecia ser muito promissor para a retomada da economia brasileira e o setor da construção civil, mas algo não saiu como o planejado. A pandemia mundial da Covid-19 fez com que todos os segmentos sofressem o recesso econômico e percebessem uma brusca queda em seus números de desenvolvimento.

Muitos foram os golpes sofridos pela construção civil, desde o bloqueio de novas obras, a paralisação de serviços e vendas e o impacto econômico direto no giro de capital. Vejamos o que vamos conhecer neste artigo:

• Pandemia e impacto social/ econômico
• Setores econômicos que mais sofreram com a Covid-19
• Construção civil em 2020 – da ascensão à paralisação total
• O que esperar para o segundo semestre de 2020?
• Como as empresas de engenharia podem minimizar os impactos da pandemia

 

Pandemia e impacto social/ econômico

O vírus da Covid-19 pegou todos os setores de surpresa. Um problema que parecia local acabou por afetar todos os países e, no Brasil, não está sendo diferente. As bolsas de valores caíram, as moedas foram desvalorizadas e o PIB brasileiro teve uma retração de ao menos 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

As consequências da doença e da paralisação das atividades sociais, com o fechamento de fronteiras e a proibição da circulação das pessoas – também conhecida como lockdown (que significa o bloqueio total) – não param de crescer, e na construção civil não seria diferente.

Com a vida de milhões em risco, os estados optaram por fechar literalmente todas as portas e proibir que trabalhadores e serviços chamados não essenciais funcionassem. Com isso, a crise foi seriamente agravada, acarretando perdas gigantescas em vários setores.

 

Setores econômicos que mais sofreram com a Covid-19

Grande parte dos setores sofreram impactos negativos com a pandemia mundial da Covid-19, mas áreas como o comércio e a construção civil foram, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia – Ibre/FGV, os mais prejudicados.

De acordo com o Ibre, o setor da construção civil liderou as perdas no primeiro semestre de 2020.

A desaceleração de projetos e a necessidade de comprar somente o necessário, bem como toda a instabilidade econômica fizeram com que a construção civil perdesse força e fosse obrigada a paralisar suas ações de crescimento previstas para o ano de 2020. Com a economia fragilizada e o alto índice de desemprego, a capacidade de compra da população foi severamente afetada, e os bancos ficaram cada vez mais restritivos na hora de conceder créditos imobiliários.

 

Construção Civil em 2020 – da ascensão à paralisação total

Após vários anos de queda de rentabilidade, o último ano sinalizou a recuperação do setor da construção no Brasil. Porém, com a chegada da pandemia em 2020, o setor sentiu uma brusca paralisação e reduções em seu desenvolvimento.

Ainda, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a construção perdeu 440 mil postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2019, ou seja, no primeiro trimestre do ano.

Com a obrigatoriedade de normas de segurança, muitas obras foram paralisadas e muitos empregados tiveram de ser dispensados, agravando ainda mais a situação como um todo. Além disso, grande parte das empresas de construção adiou lançamentos previstos e engavetou os seus projetos, preparando-se da melhor forma possível para a nova realidade.

Os que mais sofreram o impacto negativo em seu bolso foram os trabalhadores informais e a fatia do mercado que corresponde à renda média. Com esse público, a construção civil não poderá contar em 2020.

 

O que esperar para o segundo semestre de 2020?

O segundo semestre de 2020 ainda é uma incógnita para todos, mas o setor econômico promete melhorar gradativamente com a flexibilização da quarentena e a volta, pouco a pouco, das atividades normais.

Com o grande impacto causado e com os números da Covid-19 ainda longe da estabilização, a economia ensaia uma melhora a partir de agosto e setembro , mas que, para os economistas deve ser lenta e cautelosa.

 

Como as empresas de engenharia podem minimizar os impactos da pandemia
O setor da construção civil já está trabalhando para minimizar os impactos negativos da pandemia. Uma das principais formas de retomada está baseada nos cuidados básicos para voltar às atividades e garantir a segurança de trabalhadores e clientes.

Muitos agendamentos e reuniões estão sendo feitas pela internet e, em caso de visitas, devem acontecer sempre separadamente, para evitar aglomerações. As empresas devem estar prontas para a nova realidade e treinar o seu pessoal a fim de que esteja qualificado para atender o cliente e garantir a continuidade dos serviços.

Mesmo não sendo considerada como serviço essencial, a engenharia civil é parte importante da economia brasileira e não pode parar, por isso seguem algumas dicas para empresas do setor:

1. Atendimento on-line ao cliente, sempre que possível;
2. Orientação e capacitação dos funcionários e colaboradores;
3. Fornecimento de material de higiene necessário tanto nos escritórios como nas obras;
4. Controle sanitário estrito;
5. Utilização da tecnologia a favor do seu negócio, com o uso de aplicativos, marketing digital e redes sociais para divulgar seu trabalho e informações importantes.

É importante que as empresas estejam preparadas para a nova fase, que deve durar até a estabilização da doença, e a retomada total da economia. Ser criativo e responsável pode fazer toda a diferença para minimizar a crise e os impactos negativos da Covid-19 em todos nós.

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